quinta-feira, 13 de março de 2014

A isto se chama amizade

Amizade, coragem, altruísmo, amor, dedicação ao próximo, força...tantos adjectivos que poderia utilizar para descrever estas mulheres. E que provam que a aparência e a vaidade física nunca ocuparão o mesmo espaço nas nossas vidas e nos nossos corações que a amizade, o apoio, a solidariedade, o sorriso...

Um vídeo fabuloso, que retrata uma atitude sem igual, levada a cabo por mulheres fantásticas!!! 

Impossível evitar chorar ao mesmo tempo que sorrio!!! 

A banda sonora resume tudo, "i would do anything for love"!!! Amizade é talvez a maior forma de amor!!




segunda-feira, 3 de março de 2014

De mãe para mãe...

Se ser-se mãe (e pai) for uma ciência (que há dias em que acredito que sim), não é de todo uma ciência exacta. Não há verdades absolutas, não há fórmulas milagrosas nem guiões a seguir. O que é válido para uns resulta “zero” para outros. O que pré-definimos e todas as regras e mitos que temos são muitas vezes deitadas por terra quando somos pais.
Quem de nós, antes de ter um filho, não dizia “se fosse comigo”, “ai se fosse eu”, “quando tiver um filho vou ser ou fazer assim ou assado”?!! E quantos de nós fizemos tudo ao contrário do que pensámos?!! Ou chegámos à conclusão que afinal as coisas resultam de forma diferente?!!
E isto aplica-se no eterno dilema de muitos pais sobre se hão-de levar as crianças para todo o lado ou não, sobre se deverá ser a nossa vida, de pais, a adaptar-se à dos mais pequenos, ou se deverão ser eles a entrar nas nossas vidas e adaptarem-se logo desde que vêm ao mundo.

Pois, como tudo o que escrevo, também isto se trata da minha experiência, da minha opinião e daquilo que eu considero o meu ideal. Ideal esse moldado à minha postura e forma de estar na vida e aos filhos que tenho. E por sorte os filhos que me calharam vieram de encontro à minha expectativa, no que diz respeito a este tema. Ou então durante os 9 meses que aqui andaram aconchegadinhos conseguiram perceber muita coisa e consegui transmitir-lhes como esperava gostava que fossem.
Óbvio, repito, óbvio, que o nascimento de um filho, o aumento da família, é um processo de ajustamento, de adaptação de todos. Tal como numa empresa quando um novo elemento se junta, não é só quem chega que se ajusta mas também quem o recebe. Compete a nós pais, adaptar a nossa vida à chegada de um pequeno ser que ocupa um impensável espaço nas nossas vidas. A todos os níveis. E compete-nos a nós pais moldar e educar os nossos filhos para que se insiram e adaptem às nossas vidas.
Sempre ambicionei ter filhos daqueles que dava para levar para todo o lado, que não me tornassem prisioneira da maternidade e constantemente dependente da boa vontade e ajuda alheia, nomeadamente de avós.
E tive esse sorte!!!

Como seria de esperar não podemos ter filhos e querer manter a mesma vida, sem horários, sem regras, com a possibilidade de marcar e decidir programas em cima do acontecimento, só agarrar na mala e sair porta fora. Mas também não temos que anular a nossa vida social, seja em casal, seja com amigos, ou simplesmente sozinhas, enquanto mulheres.
No meu caso, não senti em momento nenhum da minha vida, que o lado social se tinha abalado. Tive a sorte de ser mãe num grupo de amigos com imensos filhos, e de ter filhos extremamente calmos, bem comportados e adaptáveis a todas as situações (mais do que agora que estão mais crescidos).
Sempre consegui levar a C e o T para um restaurante, para casa de amigos. Se os levava sempre? Não!!! Não sou daquelas mães que levam os filhos quando o evento não se coaduna com tal, como “jantar e saída só de adultos”, mas também não deixei de ter vida. Nunca fui escrava de horários nem da rigidez que algumas mães impõem a esta experiência da maternidade.
Mas tal como já referi esta é a minha experiência, a minha postura, que vale o que vale por ser exactamente isso, uma experiência pessoal. E que sempre funcionou bem porque tive filhos fantásticos nesse aspecto.
Sempre consegui conciliar muito bem o meu papel de mãe com o meu papel de mulher, amiga, amante, com o meu papel social. E sem fórmulas milagrosas, só com muita organização e sangue frio.
Tentava sempre dar o jantar (ou almoço) aos babies antes de sairmos de casa, sem desrespeitar os horários das refeições e as rotinas deles. Até porque depois muitas das vezes adormeciam no carrinho e assim se mantinham o resto da noite, sem birras, sem stresses e sem perderem as suas horas de sono. Esse era o único “truque” que tinha, se é que assim se possa chamar, levá-los de barriga cheia!!! Eles comem tão melhor em casa, no seu espaço, do que em espaços alheios. E depois vão mais confortados e em modo preguiça pós refeição.Mas também muitos termos de sopa e de fruta levei atrás...sem stress...
Mas lá está, tudo isto porque tive filhos adaptáveis e flexíveis, que dormiam e comiam em qualquer lugar e a quem nada nem ninguém parecia perturbar. A C era um caso quase raro de bom comportamento que com menos de 3 meses passou um fim de semana com os pais em casa de amigos a cantar karaoke até altas horas da madrugada sem dar um ai.
Como em tudo na vida, não há receitas certas, apenas aquilo que a nossa intuição de mãe nos leva a fazer. Eu decidi ter filhos prontos e adaptáveis a tudo. Que desde que nasceram dormiam com a claridade do estore aberto (a pediatra sempre me disse para os ensinar a distinguir o dia da noite logo desde o nascimento e acho que foi um ensinamento “santo”). Que nunca dormiram debaixo do silêncio absoluto durante o dia. Que nunca deixaram de participar na vida dos pais mas também que nunca deixaram de ficar em casa quando a ocasião assim o ditava.


Ter filhos é a simbiose perfeita de regras com a anarquia da independência, de barulho com silêncio, de escuridão com claridade. Ter filhos é tão complicado quanto mais complicarmos. E se criarmos os nossos filhos numa redoma ver-nos-emos presos nessa mesma redoma. Mesmo depois deles já se terem libertado. E o tempo não volta atrás…e o que melhor gozamos da vida é o que gozamos com eles…

(mais ou menos esta onda!!!!)

PS - em tempos o meu grupo de amigos implementou um jantar mensal só de adultos, com tudo aquilo a que nós pais tínhamos direito. Jantar, vinho, amigos, gargalhadas, discoteca...sem pressas e sem restrições. Isto numa fase em que o número de crianças começou a aumentar exponencialmente e as actividades infantis começaram a ocupar grande parte das nossas agendas ao fim de semana. Começámos a ver que num grupo de amigos tão grande, com tanta história para contar, que sempre gostou de conviver, de jantar fora (ou em casa, mas em grupo) e sair, as oportunidades de estarmos juntos se começavam a limitar aos respectivos baptizados e aniversários dos nosso rebentos. E antes de nos afundarmos exclusivamente nesta vida da maternidade e paternidade decidimos dar mais uma oportunidade à nossa vida social. E estes momentos valem cada minuto. Sem complexos ou culpas por sermos felizes longe dos nosso filhos. Porque voltávamos sempre para junto deles mais felizes, retemperados e cheios de energia. Hoje em dia a maioria desses jantares são feitos em casa, uns dos outros, com a presença das crianças, cada vez mais crescidas e participativas e que adooooram!!! Tão bom ver os meus filhos amigos dos meus amigos, dos filhos dos meus amigos!!! Que Deus os mantenha sempre assim uns para os outros como nós, os pais, somos uns para os outros!!!


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Mudar de vida...



Odeio o momento em que os calço...significa que vou sofrer muito!!!
Odeio correr!!!!

Depois da corrida e outras torturas que infligi a mim mesma, sopa de courgetes e queijo fresco!!!

Carnaval

Que não gosto especialmente do Carnaval não é segredo para ninguém, mas que adoro ver a alegria das crianças (minhas e não só) é um facto ao qual não tenho como escapar.

Acho o nosso país pobre na tradição carnavalesca, ou não me identifico com o nosso Carnaval...não acho especial piada à sátira política muito utilizada nos disfarces, cortejos e carros alegóricos em diversas cidades. Não gosto da tentativa de aproximação ao Carnaval brasileiro, porque o fosso entre o nosso e o deles é abismal. 

Gosto do Carnaval de Veneza, pela imponência, pelo mistério sempre associado aos rostos tapados por máscaras, pela forma como nos transporta para outros tempos, pela riqueza, pelo requinte.
E, completamente oposto, gosto do Carnaval do Brasil, pelo calor, pela cor, pelo movimento, pela alegria, pela aproximação de classes, pela entrega, pelo sangue, suor e lágrimas que os brasileiros deitam nesta altura do ano.

De resto...

Mas quando temos filhos não são só as nossas prioridades que mudam, tudo muda, até os nossos gostos. Gosto da alegria e do entusiasmo das crianças e a verdade é que chegando esta altura tenho sempre mil ideias e até anseio pelo dia em que vou vestir os meus pequenos.

Hoje foi dia de os vestir...de partilhar com eles a descoberta dos disfarces dos colegas, a alegria, o riso e a cumplicidade.

Hoje foi dia de aproximar os Povos do Mundo, de demonstrarem que somos todos iguais, que partilhamos todos o mesmo planeta, que devemos todos dar as mãos por um mundo melhor e mais unido.
E foi essa união, essa alegria, essa partilha que conseguiram transmitir e com isso levar para o Colégio o 1º prémio do desfile de Carnaval de escolas.
Não tanto pelo prémio, que isso é secundário, mas pela alegria, e por tudo o que aprenderam, interiorizaram e transmitiram quando se uniram para desfilar todos com o mesmo tema e com o mesmo propósito, Povos do Mundo, o dia de hoje valeu muito a pena.


 (mesmo de canadianas a C ainda deu um ar da sua graça em parte da coreografia)

 (o T super aplicado a desempenhar o seu papel, dançar e cantar é com ele)

 (and the oscar goes to.....)

(o mundo das arábias neste dia de povos do mundo)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Escapei às princesas...

...mais um Carnaval à porta e mais um ano em que consegui escapar a disfarces de princesas, brancas de neve, cinderelas, fadas e afins...

Se nem em miúda gostava desses disfarces hoje, um pouco mais velha (pouco!!!!) mantenho a mesma pouca simpatia com o tema.

Ok, as miúdas gostam, e é Carnaval e tal...mas sempre consegui fintar convencer a C...

Claro, já foi Hanna Montana...já foi Monster High...mas princesa não....se calhar pensando bem estas 2 hipóteses ainda são piores....mas no meio de 354 fadas e princesas tudo o resto se torna suportável.

Cá por casa já houve uma sevilhana (com roupa "oficial" comprada numa loja de artigos de dança em Madrid), já houve uma Minhota (com traje minhoto "oficial" by Viana do Castelo), já houve uma bruxa, Monster High, Hanna Montana, pirata.
Cá por casa já houve um leãozinho, um pirata das Caraíbas, um cowboy, um jogador de futebol, um Power Ranger. 

Este ano, e como o colégio da C e do T vai participar no desfile de Carnaval sob o tema "Povos do Mundo", teremos um pequeno árabe (versão Aladino fofinho) e uma árabe giríssima (versão bailarina de dança de ventre que assusta de tão pré-adolescente que se está a transformar).

Continuo sem princesas, fadas, vestidos compridos e brilhantes e varinhas de condão!!!

Sim, confesso que não simpatizo com o Carnaval, se calhar estou a precisar de passar esta época em pleno Sambódromo no Rio de Janeiro para quebrar esta antipatia com esta festividade. 

Mas gosto da alegria, da diversão, da boa disposição, dos risos e sorrisos das crianças...e dos adultos também!!!!


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Tesouros de Família # 1

"Porque é que estás a ler o diário da tua irmã?!!!" - pergunta a mãe a imaginar as consequências quando a irmã descobrisse.

"Para saber os segredos dela" - responde 

"E porque queres saber os segredos dela?!!!" - mãe já a ver a cena que se esperava 

"Para saber a vida toda dela" - responde com a maior calma do mundo

"E porque queres saber a vida da tua irmã?!!!" - a mãe já a começar a stressar

"Hmmm...não sei...pode dar jeito um dia" - neste momento a mãe pensou que o miúdo é mesmo esperto....reunir provas para qualquer eventualidade

"Deixa mummy" - segreda a irmã ao ouvido da mãe - "eu emprestei-lhe um diário FALSO!!!!" 

Miúda esperta esta minha filha....



sábado, 8 de fevereiro de 2014

Lisboa...

A minha cidade, a cidade que adoro e onde, mesmo até me imaginando a morar em muitas outras, quero sempre voltar...
Aqui nasci, cresci, aqui nasceram e crescem os meus filhos....a nossa cidade onde adoro quase tudo (excepção feita à lindíssima e carismática calçada portuguesa, que tão valiosa e tanto trabalho dá, mas que é um horror para quem nela caminha, em especial de saltos altos).
Hoje foi dia de deixar o carro em casa, aproveitar as vantagens dos transportes públicos e do andar a pé...hoje foi dia de almoçar no Terreiro do Paço, visitar o Family Fashion Market e subir ao meu eterno Chiado.

(mais um dos muitos eventos a que Lisboa, e não só, nos habituou e que permite no mesmo espaço reunir várias marcas, desta vez não só destinadas a crianças mas a toda a família)





O renovado Terreiro do Paço, ou Praça do Comércio, situado na Baixa lisboeta, junto ao rio Tejo, onde se localizava o Palácio dos Reis e que ficou destruído pelo Terramoto de 1755. Na reconstrução da zona, planeada por Marquês de Pombal, esta praça assumiu um papel preponderante e tornou-se sede de vários Ministérios
Foi outrora a entrada nobre na cidade de Lisboa. Era por aqui, mais precisamente pelo Cais das Colunas, que desembarcavam as mais importantes e ilustres figuras mundiais que visitavam o nosso país. 

Depois de forte papel e palco de muitos acontecimentos na história de Portugal, em 2012 esta praça abriu renovada. Um lugar moderno, amplo, cosmopolita, com bares, discotecas, restaurantes e esplanadas, a trazer vida a tão nobre e imponente praça, um tanto apagada noutros tempos. E que ainda serve de palco a diversos eventos como concertos, espectáculos multimédia, etc.

E que bem que se está naquelas esplanadas, a ver o rio, com o Cristo Rei a acenar na outra Margem a ver a circulação de pessoas à nossa volta...turistas ou locais, a aproveitar o fabuloso sol de inverno desta linda cidade.



(ainda deu para um passeio de final de tarde pelo Chiado,a minha zona preferida de toda a cidade, onde se encontram várias gerações, estilos e onde o comércio de rua continua vivo. No Chiado respira-se modernidade, um espírito cosmopolita e típico de qualquer capital europeia. No Chiado não há elitismo, preconceito e reina a diversidade e o ser-se eclético)